“No puedo, estoy pobrecito”

Paulo Pereira da Silva, 7° Semestre

Viajar, conhecer pessoas e lugares novos, expandir o arcabouço cultural, ter contato com outros idiomas, agregar valor ao currículo, amadurecer e desenvolver os mais diversos tipos de conhecimento, são apenas algumas das benesses que a experiência de um intercâmbio pode proporcionar. A oportunidade é, indubitavelmente, magnífica. Pena que não é para todos, né rs.

Uma viagem internacional é o grande sonho de muitas pessoas, passar um tempo morando fora para estudar ou trabalhar, é aspiração ainda mais anelada, porém, simultaneamente, apresenta-se como alvo inacessível. A percepção da distância de conquista tão extraordinária, torna-se ainda maior quando nunca viajamos nem pelo Brasil (no máximo uma bate volta ali na Praia Grande) e nos deparamos com pessoas que fazem “mochilão” pelo Leste Europeu para “amadurecer”. Sim, o constante e frenético conflito de realidades é aflitivo. (Se você é essa pessoa, que bom que desfruta de tal privilégio, eu realmente fico feliz por você, mas lamento que os meus não possam desfrutar de oportunidades análogas).

Feitas as devidas considerações, me dirijo aos caros colegas para apresentar-lhes a oportunidade de sair desse estado onírico inalcançável e viver em outro país, por algumas semanas, para realizar trabalhos voluntários em regiões de vulnerabilidade social. Trata-se de um programa da AIESEC, instituição que promove intercâmbios com a finalidade de gerar impactos sociais. Sobre o programa em comento, veja oque dispõe o site da Organização:

O Voluntário Global é uma experiência voluntária em ONGs, Escolas ou Fundações em diversos países. Todos os projetos são vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e possuem grande potencial de impacto no mundo. Os projetos tem duração de 6 a 8 semanas e ter entre 18 e 30 anos é o único requisito para deixar sua marca no mundo.

Grande parte das vagas é para países da América Latina, e é, além de tudo, a oportunidade que temos para perceber que nossos hermanos, vizinhos, têm muito mais a oferecer do que bailar ao som de pasito a pasito, suave suavecito.

Para participar de um projeto, basta pagar a taxa que dá direito a hospedagem, acompanhada de uma refeição por dia. O valor é realmente acessível (fique atento na época de Black Friday!). Existem vários escritórios da Instituição, inclusive, um que se denomina AIESEC MACENZIE, localizado na Av. Ipiranga, 103 – Sala 12 – República, São Paulo – SP, 01046-010, pertinho da nossa Faculdade. Para mais informações, acesse https://aiesec.org.br/.

Aos que são dotados de mais privilégios, vocês, que tanto viajam, é uma preciosa chance de ter contato mais próximo com pessoas e lugares socialmente vulneráveis (que provavelmente você não tem aqui no Brasil, né rs) e ampliar sua cosmovisão e suas perspectivas de mundo.

Enfim, trata-se de experienciar e ter contato com desventuras que muitas pessoas enfrentam cotidianamente (para alguns, nada que a gente já não passe aqui em São Paulo rs) e ao mesmo tempo, desenvolver um arsenal de habilidades pessoais e profissionais, enquanto engendra um ambiente de sonhos e ações práticas objetivando a transformação da realidade.

A proposta, meus caros, é que busquemos sobrepujar aquilo que nos é posto, seja a riqueza ou a pobreza, e de alguma forma, promover ações que mudem o mundo, ainda que esse mundo seja os sonhos de uma criança.

Mi pintura lleva con ella el mensaje del dolor, como disse a icônica Frida Kahlo, que o nosso produto descortine, sim, essa mensagem da dor, seja a nossa ou a de outrem, no Brasil, ou fora, mas que, após esse vislumbre, possamos aproveitar e criar oportunidades de entrar em lugares que outrora não eram os nossos e ensejar fulgurantes conquistas, nos prismas individual e coletivo.

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