Por que seus textos do Facebook não valem Horas de Pesquisa?

Rodrigo Paixão – 2º Semestre

Falei com uma mina que tá escrevendo um artigo sobre Brumadinho, mas não sabe o primeiro nome de nenhuma criança que perdeu o pai lá.

Qual é a dessa ilusão universitária de querer instruir o povo? Galera sonha em seguir carreira acadêmica, ter vários artigos publicados, mas quanto disso tudo gera mudança real na vida de alguém? Enquanto vocês pesquisarem só pra ganhar horas de pesquisa ou pontos pra intercâmbio, nois vamo continuar falando mal do “petê” nos boteco de bairro do Itaim Paulista (que, por sinal, têm “litrão” bem mais barato que o de qualquer bar da Maria Antônia) e cagando pra esse seu “academês” que ninguém entende.

Os cara sonha em ser revolucionário, mas ignora os morador de rua que pede um trocado em frente ao Fil, nunca trocaram ideia com um mano da classe D. Cêis acha que conhece o mundo por ter estudado Freud? Vai estudar Kondzilla! Talvez assim dê pra aprender alguma coisa útil

Nós não vamos perder sequer 3 segundos lendo o título da sua iniciação científica. Ao menos no Face ou Twitter, o povo entende o que tá sendo falado. Garanto que seus posts lá têm maior alcance e efetividade nas nossas vidas que essas pesquisas nada a ver. Fica meu comentário, então. Se nas redes seus textos são bem mais lidos, menos chatos e se comunicam melhor com toda essa galera que não tá nem aí pro “academês”, ao menos umas horinhas de extensão eles deveriam valer.

Foto por Pixabay em Pexels.com

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