Mackenzie na Jornada do Patrimônio

Paulo Pereira da SIlva, 7º Semestre

Esta canção é só pra dizer \e diz\Você é linda\Mais que demais\Você é linda sim\Onda do mar do amor\Que bateu em mim (Você é linda, Caetano Veloso) Linda! Uma das insofismáveis características da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Seu conjunto arquitetônico deslumbra, inebria e, de pronto, desperta encantamento. No entanto, para além da estética física delineada nos singelos tijolos vermelhos, está algo sobrelevante: sua importância histórica e cultural para o patrimônio da cidade de São Paulo.

Ontem [17 de agosto], o Mackenzie abriu as portas de seu Centro Cultural a fim de participar da Jornada do Patrimônio 2019 – Memória Paulistana, programa promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, com o objetivo de convidar a população a ocupar a cidade para conhecer espaços que constituem o patrimônio histórico e cultural, por meio da instalação de oficinas nas cinco regiões: centro, norte, sul, leste e oeste. Com mais de mil atividades em cerca de 500 pontos, neste fim de semana a prefeitura ofereceu mais de 400 roteiros históricos, 300 visitas a imóveis tombados, 210 oficinas e 50 sessões de cinema do Circuito Spcine, com documentários realizados por meio de investimento da Secretaria da Cultura para o programa “História dos Bairros de São Paulo”. Houve atividades em Casas de Cultura, Centros Culturais, Teatros, Bibliotecas, Museus, imóveis tombados, unidades do SESC, CEUs, Fábricas de Cultura e no Memorial da América Latina.

O Mackenzie sublinhou a importância da arquitetura tombada e suas memórias para a história da Instituição e para a cidade de São Paulo contando com oficinas atinentes à relevância do tema.

Neste ínterim, vale a leitura do que consta no site da Universidade:

O Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM) ocupa o Edifício Mackenzie, prédio 1. Foi construído entre os anos de 1894/1896 para abrigar a primeira Escola de Engenharia privada do país, espelhada nos moldes americanos. Desde a década de 1990 o imóvel é tombado Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo, pelo órgão de preservação estadual CONDEPHAAT e municipal CONPRESP. Entre os anos de 2001/2004 foi restaurado e adaptado ao seu novo uso. Além de promover a preservação da memória da instituição – por meio da preservação do seu acervo e do edifício com princípios técnicos-científicos atuais da museografia, museologia e da conservação preventiva – o CHCM é também um espaço cultural vivo, com uma agenda diversa e constante.

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É de graça! Inscreva-se: http://www.alumnidireitomackenzie.com

A participação do Mackenzie na iniciativa, é motivo de orgulho e reflete a preocupação da Universidade com tais questões. Ademais, a título de informação, vale destacar a presença do Núcleo de Direito e Espaço Urbano, MackCidade, programa de extensão interdisciplinar que faz a ponte entre academia e sociedade, composto principalmente por acadêmicos e profissionais do Direito e da Arquitetura, sob coordenação da professora Lilian Pires, que também é a atual presidente da Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP.

Em suma, considerando o descaso nacional com a preservação de sua memória, bem como seus patrimônios materiais e imateriais, fato que pode ser exemplificado -dentre muitos outros- com o incêndio no Museu Nacional, é importante refletir acerca do hodierno e triste momento que se enfrenta no país, tempos nos quais, reiteradamente, tenta-se reescrever a história por meio da propagação de inverdades, prática, inclusive, fomentada pelo atual presidente da República.

A iniciativa da prefeitura de São Paulo é assaz relevante, pois, a preservação da história e dos bens artísticos e culturais, é direito de todos e constitui-se interesse público. Todas as idiossincrasias inerentes a um povo, assim como a sua relação com o espaço, são produtos de processos sociais e históricos que, em nenhuma hipótese, podem ser apagados ou esmaecer diante das negligências.

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