“Os corações, as mãos e os pés das mulheres indígenas também guardam conhecimento e será nós, mulheres indígenas, com nossos corpos que vamos descolonizar essa sociedade brasileira que têm matado a nossa história e a nossa memória” (Célia Xakriabá, integrante do povo Xakriabá).
As demarcações de terras indígenas e políticas públicas são essenciais para garantir a proteção de um povo que foi o nosso primeiro e verdadeiro descobridor, mas o que estamos observando é uma verdadeira partilha a favor de interesses de agricultores e poderosos do campo, em detrimento da preservação indígena, um absurdo com os povos indígenas em todos os níveis.
O “Neocolonialismo Indígena Brasileiro” que está ocorrendo se assemelha ao Neocolonialismo dos séculos XIX e XX, quando as grandes potências colonialistas se uniram para partilhar a África e a Ásia, sem levar em consideração a cultura desses povos, língua, origem, ocasionando inúmeros problemas que tem reflexo até os dias de hoje.
“Líder da tribo Waiãpi é morto por garimpeiros”.
No dia 27 de julho deste ano, indígenas da tribo Waiãpi, localizada no município de Pedra Branca do Amapari (Oeste do Amapá), procuraram as autoridades para relatar a invasão de garimpeiros a suas terras, ocasionando a morte de seu líder Emyra Waiãpi. Esse fato é um retrato do descaso e da desproteção dos índios, com o objetivo explícito de destruí-los como povos, assimilando-os pela força e saqueando suas terras.
“Desmonte na Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)”
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).
A Medida Provisória (MP) 890, editada pelo presidente Jair Bolsonaro no início de agosto, propõe a criação de uma Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (ADAPS), a qual, para a comunidade indígena, busca “abrir a atenção primária como mercado para o setor privado”, sem que haja qualquer espaço para a participação e fiscalização das diversas instâncias de controle social do Sistema Único de Saúde (SUS) e nem dos povos indígenas.
Segundo lideranças indígenas essa proposta terá um impacto estruturante na organização e implementação das ações de saúde nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), pois a atuação da Sesai se foca na atenção primária, uma medida que deixa totalmente desamparada a saúde de 305 povos indígenas no Brasil (totalizando aproximadamente 900.000 pessoas).

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“O índio e a terra”.
“Nós índios somos como plantas. Como podemos viver sem o nosso solo, sem a nossa terra” (Marta, tribo Guarani).
Os madeireiros, garimpeiros e pecuaristas estão cada vez mais à vontade para cometer atrocidades contra os povos indígenas, incentivados por políticas que não tem a menor preocupação com os povos originários do Brasil.
Desde a colonização os índios sofreram genocídio em grande escala, e a perda da maioria de suas terras. Não podemos fechar os olhos para o povo, do qual, a maioria de nós brasileiros temos descendências, raízes, são a nossa história e nesse momento estão gritando por socorro. SALVEM OS ÍNDIOS!
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Fontes:
https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/137836
https://survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros
https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/mulheres-indigenas-ocupam-sede-da-sesai-em-brasilia
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