Por Julia Monteiro Nalles
A área compreendida como Terra Indígena Yanomami tem hoje aproximadamente 20 mil garimpeiros ilegais em atividade, de modo que um boletim produzido pelo Instituto Socioambiental relatou um aumento de 3% na área degradada pelo garimpo em apenas um mês: de fevereiro a março.
Só esse problema já deveria, em condições normais, acender um alerta e gerar ao menos uma tentativa por parte do governo federal em coibir esse fenômeno. Afinal, de nada adianta uma área ser teoricamente protegida se não há fiscalização ou atitudes para mantê-la protegida na prática.
A situação já grave se tornou ainda pior por conta da pandemia do novo Coronavírus, visto que essa proximidade entre garimpeiros e o povo Yanomami faz com que a doença seja levada para dentro da comunidade indígena, que vive em isolamento voluntário. Há ainda o agravante de não existirem hospitais no território, o que dificulta o eventualmente necessário atendimento emergencial. Sobre isso, um estudo realizado por uma parceria entre o Instituto Socioambiental e a Universidade Federal de Minas Gerais concluiu que quase 40% dos Yanomami que vivem próximos a zona de garimpo ilegal podem vir a ser contaminados.
Nesse sentido, foi organizada uma petição, que contou com mais de 400 mil assinaturas, com o objetivo de pressionar o governo federal pela retirada dos garimpeiros e pelo combate à pandemia. Essa petição já chegou ao Congresso.
Fontes
Covid-19 pode contaminar 40% dos Yanomami cercados pelo garimpo ilegal
Em meio à covid-19, garimpo avança e se aproxima índios isolados em Roraima
Campanha #ForaGarimpoForaCovid entrega petição no Congresso Nacional nesta quinta-feira
Por Julia Monteiro Nalles
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