Por Isabela da Silva Aquino
Você se considera subordinado de alguma forma aos meios digitais de comunicação? Por acaso já notou traços de obsessão durante o cenário tecnológico?
Com a eventual queda provocada nas principais redes sociais, como no caso do WhatsApp, Instagram e Facebook, pontos específicos que merecem notoriedade na discussão foram aflorados.
A efeito histórico, com o avanço da tecnologia, o cenário mundial foi ganhando forma em áreas científicas e interpessoais, gerando assim um impacto significativo na sociedade em um todo. Diante desse aspecto, o desenvolvimento tecnológico revela um caráter transformador nas relações sociais através de plataformas que auxiliam na aproximação dos indivíduos, mesmo que a distância. Contudo, nota-se uma problemática excessiva e sem fim a respeito dos vínculos, afinal esse meio digital evidencia uma certa dependência no cotidiano das pessoas, afastando a importância do contato físico humano.
É importante ressaltar o pensamento formalizado por Zygmunt Bauman, que tratava a respeito especificamente desse efeito gerado pelas redes sociais no que se refere aos relacionamentos interpessoais. O sociólogo adotou um conceito que chamou de “modernidade líquida”, que seria uma espécie de crítica social a respeito da própria Modernidade, afinal a mesma se adequa a um novo contexto a partir do surgimento da tecnologia e sua intensidade como produto. Nesse sentido, as relações tendem a ser mais maleáveis e superficiais, de acordo com a própria metáfora utilizada pelo mesmo, a respeito do estado físico “líquido”. Logo, esse conceito representa a ideia contrária à pretensão do que seria considerado “saudável” aos olhos filosóficos, afinal, Bauman apresenta essa teoria a partir de uma análise profunda das relações entre os indivíduos. Portanto, compreende-se que o ideal seria a busca da consolidação destas relações, para que não se tornem fluidas com o passar do tempo.
É possível adotar as mídias sociais como ferramentas benéficas e efetivas em prol do resgate das boas e sólidas relações? A resposta para esse questionamento pode surgir como fator subjetivo, mas na minha opinião, sim, esse instrumento pode ser utilizado na adequada preservação destes vínculos proveitosos representado pelas amizades, por exemplo. Por mais que o ódio disseminado nos meios comunicativos esteja presente em toda e qualquer dimensão, provocando problemas mentais a quem se torna alvo e dificultando na utilização desse recurso como algo positivo nas próprias ligações afetivas, devemos urgentemente interpretar e atribuir a esse artifício status de poder e conferir capacidade ao mesmo de reestabelecer ligações amistosas e saudáveis que todos estão sujeitos a experimentar por serem usuários primários.
Portanto, a conclusão que se chega é que por mais que há um lado sombrio do avanço tecnológico como o uso para difamação, propagação de ódio e afins, ainda há a possibilidade de usá-lo em prol do bem de toda a humanidade, afinal a tecnologia se trata de uma ferramenta completamente influente e veloz em seus compartilhamentos, visualizações, fazendo com que alcance diversas pessoas em uma só corrente do bem.
Publicado por Isabela da Silva Aquino
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