Entre guerras

Por Isabela da Silva Aquino

De acordo com Eloir Valença, entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, houve um período denominado Entreguerras , de pouco mais de 20 anos, datando de 1918 até 1939, uma espécie de intervalo marcado  por uma grande crise econômica que junto com as crises políticas e sociais não resolvidas, funcionou como uma bomba relógio, estourando ao o final dos anos 30. Em consequência, uma das causas foi o fracasso da Liga das Nações (criada após a guerra para manter a paz). Em 1918, terminou a Primeira Guerra Mundial, os países da Europa foram arruinados, e mesmo quem saiu vitorioso, tentou se reerguer.

Como resultado, a Europa, além de não resolver suas disputas políticas, perdeu a condição de centro da economia mundial, sendo os Estados Unidos o novo centro que vivia em um período de prosperidade.

No dia 30 de outubro de 1922, Mussolini toma o poder na Itália (junto com o rei que permitiu dividirem o poder), e criaram um  governo fascista. Com isso, a doutrina desse governo dizia que o Estado deveria ser servido pelo povo e não tinha direitos e sim obrigações, havendo um total controle do regime e à medida que a economia crescia, Mussolini se gloriava, dizendo que só ele era capaz de fazer com que os trens italianos chegassem na hora. À vista disso, a Itália se transformou num estado policial, os direitos civis dos italianos eram sistematicamente violados, silenciando a imprensa e os líderes da oposição que foram banidos. Quando a Itália iniciou sua expansão no território mediterrâneo, Mussolini, se aliou a Alemanha nazista, mas esperou a queda da França antes de entrar na Segunda Guerra Mundial em 1940, depois da derrota italiana, o rei demitiu e mandou prender Mussolini, em 1945 ele foi executado e seu corpo exibido em praça pública.

Em sequência, nos Estados Unidos a indústria e a agricultura estavam produzindo muito. Os americanos nos anos 20 aproveitaram a expansão das empresas e o crédito fácil para fazerem empréstimos e comprarem ações para revendê-las com lucro, o preço das ações triplicou entre 1925 e 1929, mas era um valor irreal. Consequentemente, a bolsa de Nova York quebrou em 1929, em poucas horas, as fortunas desapareceram. Logo, a produção industrial cai 54% e mais de 12 milhões de trabalhadores ficam desempregados. Com a quebra da bolsa, os negócios pararam para quem vendia matéria prima e para quem exportava para os Estados Unidos, acabou perdendo o parceiro comercial. Resultando numa reação de cadeia, que é a falência, crise e desemprego chegando a  outros países.

Em 1932, a crise americana chega ao ápice, e os salários têm uma redução de 60%, a produção industrial e agrícola tem queda vertiginosa. Então é eleito o presidente Franklin Roosevelt que possuía um plano para tirar os Estados Unidos da crise,  chamado de “New Deal”. O New Deal era um plano para reativar a economia, fechando os bancos em crise e reformulando o sistema bancário. Além disso, ele implantava uma política monetária, redistribuindo terras, fixando o salário-mínimo e a jornada de trabalho, lançando um programa de grandes obras públicas para absolver os desempregados e por fim, legalizando os sindicatos. Assim, o New Deal funcionou e o país voltou a crescer. Entretanto, o liberalismo econômico, isto é, a livre concorrência total, acabou. A política de Roosevelt, significou a forte intervenção do Estado na economia, dessa maneira, as atividades agrícolas e industriais ficaram submetidas ao planejamento do governo.

No ano seguinte, em 30 de janeiro de 1933, Hitler se torna o chanceler da Alemanha, em pouco tempo suspende os sindicatos, eliminando todos os partidos políticos e persegue de maneira implacável os esquerdistas. Em 1934, morre Hindenburg, militar alemão que comandou o exército da Primeira Guerra Mundial e posteriormente foi presidente da república. Com isso, Hitler assume plenos poderes e recebe o título de líder, adotando integralmente o  nazismo. A Alemanha após a Primeira Guerra, também viveu sob um regime totalitário, o nazismo alemão, que é parecido com o fascismo italiano. Sendo assim, os alemães acreditavam em um estado totalitário dirigido por um chefe com plenos poderes para guiar a nação.

Havia, no entanto, no nazismo uma ideia nova, a ideia da raça. Para Hitler, a raça germânica além de ser superior às demais, estava predestinada a dominar o mundo. Logo, a eliminação ou até o extermínio, de populações consideradas de raças inferiores, entre elas as judaicas e as ciganas, eram plenamente justificáveis pelos nazistas. O antissemitismo, ou seja, a ideia de se perseguir judeus, foi uma das principais bases de onde se originou a ideia de raça dos nazistas, essa ideia de superioridade racial dos alemães é uma das características mais marcantes do nazismo e também sua principal diferença em relação ao fascismo. Concluindo, Valença finaliza dizendo que tanto a Itália como a Alemanha e o Japão, viveram sob regimes totalitários, nacionalistas e expansionistas, durante as décadas de 20 e 30. Basicamente, eram regimes que não aceitavam nenhum tipo de oposição e que queriam expandir suas fronteiras por outros territórios. Depois de anos se preparando para a guerra, esses países finalmente se transformaram em potências militares e resolveram  iniciar seu objetivo maior, conquistar o mundo, iniciando a Segunda Guerra Mundial.

Publicado por Isabela da Silva Aquino


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