Por Isabela da Silva Aquino
A revolta da vacina foi caracterizada pela insatisfação do povo com a imposição por parte do governo em aplicar vacinas anti-varíola que no contexto vivido, especificamente no ano de 1904, se propagava na cidade do Rio de Janeiro.
A intenção do poder executivo era de fato a reurbanização da cidade e consequentemente o saneamento devido, afinal, a epidemia causada, provinha da proliferação de ratos e mosquitos, os quais transmitiam doenças mortais como a febre amarela e peste bubônica.
Contudo, a grande problemática se dá pela nomeação do representante para o ministério da saúde, Oswaldo Cruz médico epidemiologista e sanitarista brasileiro, responsável por exigir a vacinação obrigatória à população, sem ao menos divulgar as pertinentes informações acerca da importância da imunização e sua devida eficácia, gerando assim, rebelião e por conseguinte a oposição da sociedade perante o dever forçado.
O cenário atual revela uma certa simetria de acordo com a alusão histórica exposta, afinal, pode-se considerar a pandemia da Covid-19 mais um grande marco na história da saúde social atualmente.
A temática é de grande relevância no tocante, pois a correlação dos fatos se apresentam na influência da vacinação popular, onde pessoas, muitas vezes leigas no assunto, dependem de esclarecimentos científicos, justamente por se tratar de conhecimentos e dados técnicos imprescindíveis na compreensão adequada da doença, sua prevenção e implicações , o que não se observou no episódio marcado pela rebelião popular diante a imunização do vírus contra a varíola.
Por se tratar de uma pandemia, entende-se que a disseminação do microrganismo foi realizada de maneira repentina e letal para algumas pessoas, principalmente as que se enquadram nos grupos de risco. Os números de mortes foram divulgados e por consequência, o impacto negativo se instalou na população, afinal, mesmo com as medidas de segurança respeitadas, como o distanciamento, o uso do álcool em gel e afins, infelizmente o cenário delimitou a imagem de desordem e instabilidade. Pois como resultado, o mundo inteiro passou pela perda de entes queridos tal como figuras públicas, por complicações respiratórias e falta de equipamentos básicos no combate da doença em questão. Este choque de informação gerou em uma parcela da população conscientização e uma busca urgente em reverter a circunstância vivida. Desta forma, a ciência ganhou palco na esfera por defender e impor parâmetros necessários na luta constante pela volta à normalidade o quanto antes.
Com isso, países se uniram para produzir os anticorpos substanciais com uma agilidade fora do comum, como também, observou-se o comprometimento da sociedade como um todo na submissão de precauções impostas pelos órgãos governamentais.
Portanto, a lição que podemos tirar desses momentos sombrios e precários de esperança na teoria, é de que com a explanação devida dos fatos ocorridos e dos meios que podemos aderir para procurar a ascensão da normalidade e de uma vida saudável em todos os sentidos, como resultado, entende-se que as pessoas conseguem adotar e fixar de forma precisa a importância dos recursos utilizados para o enfrentamento de um mal desconhecido que todos se encaixaram como alvos. E por fim, o aprendizado de que juntos somos mais fortes, isto é, mesmo diante das dificuldades e em um contexto onde todos foram obrigados a se readaptar ao novo normal, por se tratar de um interesse comum, houve a conscientização e o desejo de se libertar deste dano mundial.
Publicado por Isabela da Silva Aquino
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