Por Larissa de Matos Vinhado
Certamente, se você cursa Direito ou pretende cursar, já ouviu falar que a profissão mais querida e conhecida nesse meio, a advocacia, está acabando devido ao avanço tecnológico e a robotização dos processos jurídicos. Consequentemente, as pessoas costumam afirmar que é praticamente impossível se manter financeiramente nos dias atuais sendo um profissional da área. Entretanto, será que essa realidade condiz com a verdade?
Definitivamente não. Fato é que dentro do mundo do Direito há uma infinidade de carreiras que você pode seguir. O mundo jurídico, obviamente, não se restringe apenas aos advogados. Há ainda as carreiras públicas, com uma infinidade de concursos públicos e profissões surpreendentes que oferecem uma ótima remuneração e estabilidade profissional. Dentre elas, podemos citar:
Defensor público
O Defensor Público é como se fosse um advogado para o Estado. O Defensor Público é um profissional de Direito apontado pelo Estado para representar pessoas que não podem subsidiar um elas mesmas, configurando uma espécie de assistência jurídica gratuita. O salário de um defensor público pode ultrapassar os R$ 20 mil.
Promotor de Justiça
Atua no Ministério Público de cada estado e é um defensor da lei, ou seja, atua para proteger a sociedade e seus interesses e trabalha a favor da população. Entre suas principais funções estão investigar crimes e assegurar que os Direitos Humanos sejam respeitados. É possível encontrar concursos em Ministérios Públicos estaduais com remuneração de R$ 22 mil para promotores de justiça.
Procurador
Dentro dessa carreira, há três tipos para seguir, sendo eles: Procurador Municipal – defende os interesses da prefeitura e atua basicamente como seu advogado, representando-a contra terceiros. Vamos dar um exemplo bem simples: se um pedestre cai em um bueiro aberto e se machuca, pode pedir uma indenização à prefeitura. Cabe ao procurador municipal defendê-la no processo. Procurador Estadual – atua de forma semelhante ao procurador municipal, só que representa os interesses do Governo do Estado. E o Procurador da União – o procurador da União representa o Governo Federal, de modo semelhante ao dos procuradores municipais e estaduais.
Os salários dos procuradores variam de acordo com fatores como o porte do órgão contratante e a região do país. Em prefeituras, os rendimentos iniciais ficam em torno de R$ 7.500. Nos estados, a remuneração pode variar entre R$ 17 mil e R$ 19 mil. Na União, o salário dos procuradores é de quase R$ 22 mil. Em todos os cargos, o profissional pode receber benefícios que são adicionados ao salário, como bônus por tempo de casa. Isso faz com que muitos procuradores recebam até R$ 30 mil, que é o teto salarial do Supremo Tribunal Federal.
Delegado
O principal trabalho desse profissional é conduzir investigações criminais. Portanto, é necessário grande conhecimento do Direito Penal. Para ser delegado não é obrigatório passar na prova da OAB – ser bacharel em Direito é o suficiente. No entanto, é preciso prestar um concurso público e ter ao menos três anos de prática profissional no Direito. Há lugares em que a remuneração ultrapassa os R$ 22 mil.
Juiz
O juiz (do latim iudex, “juiz“, “aquele que julga”, de ius, “direito” / “lei”, e dicere, “dizer”) é um cidadão investido de autoridade pública com o poder-dever para exercer a atividade jurisdicional, julgando, em regra, os conflitos de interesse que são submetidas à sua apreciação.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (que opera nos estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo) divulgou em certo edital que a remuneração é a partir de R$ 27.500. Contudo, é preciso ter pelo menos três anos de experiência profissional na área jurídica e estudar muito: os concursos são tão difíceis que muitas vezes as vagas não são preenchidas, pois não há candidatos à altura das exigências do cargo, é considerado o concurso público mais difícil do país por muitos profissionais da área.
Desembargador
Desembargador é o juiz de segunda instância. O acesso ao cargo de desembargador pode se dar por promoção do juiz ou pelo chamado “quinto constitucional”. Nesse último caso, a OAB ou o Ministério Público, por previsão constitucional que garante 1/5 da composição das cortes superiores formada por membros originados da advocacia ou do Ministério Público, envia uma lista ao governador (no caso de vagas para a Justiça Estadual) ou ao presidente da república (para vagas na Justiça Federal). São necessários pelo menos dez anos exercendo alguma área do Direito para poder ser desembargador. Os salários médios dos desembargadores ficam na casa dos R$ 30 mil.
REFERÊNCIAS:
[1] Confira quais carreiras jurídicas você pode seguir. Acesso em: 11 de janeiro de 2020. Disponível em: https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/carreiras-juridicas/
Publicado por Larissa de Matos Vinhado
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