Por Isabella Dariano Mardegan Moschim
Conversando com uma amiga, coisa que faço tanto que nenhuma amiga se sentirá exposta, concluímos que viver é simplesmente caótico.
Depois de horas, chegamos ao seguinte raciocínio: enquanto crianças, somos levados a crer que aos 18 anos seremos adultos. “Adulto” é um conceito que significa aquele que sabe o que está fazendo, possui poder de escolha, é responsável por si e livre. Então, ao fazermos 18 anos percebemos que não temos condições físicas, emocionais e financeiras para sermos nomeados como algo além de jovens. Afinal, um simples aniversário não poderia trazer a gama de experiências e aprendizados necessários para nos tornarmos efetivos adultos. No entanto, pressupõe-se que isso aconteceria eventualmente, certo?
Foi nesse momento que começamos a discordar, afinal, ninguém sabe o que está fazendo ou realmente existem pessoas que sabem como ser um adulto?
Na minha opinião, absolutamente ninguém sabe como levar a vida. Somos ensinados a traçar e planejar metas, ao mesmo tempo que esperam que lidemos com o desmantelamento de nossos sonhos com toda a graça e compreensão. Afinal, a vida é o que é e não há nada que possamos fazer para mudar os rumos traçados. Assim, nós idealizamos o futuro como seres humanos que precisam de um senso de controle, ainda que seja ilusório. Entretanto, reagimos de acordo com a situação concreta a qual somos expostos no decorrer da jornada. Não há manual de instruções. Ninguém deveria saber o que está fazendo e esse seria justamente o ponto? A vida acontece como deveria — em meio ao caos?
Já na opinião dela, algumas pessoas sabem sim o que querem da vida. Seriam indivíduos tão certos de si e do destino que traçaram que, independente de onde fossem atirados, manteriam-se fiéis aos planos de sempre. Afinal, deixar a onda levar não é permanecer passivo frente a vida? A vida adulta deveria ser sinônimo de responsabilidade e liberdade. Viver no automático seria a melhor maneira? Deveríamos lutar pelas nossas escolhas ainda que fossem contrárias aos ventos da realidade?
De qualquer modo, esse texto passa longe de ser motivacional. Para variar, tenho muitas perguntas e quase nenhuma resposta.
Porém, sempre concordamos em um ponto: ninguém falha por simplesmente ser o que é, independente de qualquer opinião alheia. A vida é caótica, não há ordem ou certezas.
Publicado por Isabella Dariano Mardegan Moschim
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