Por Fernanda Aparecida Lopes Balthazar
Dezembro é assinalado como um mês de festas, em especial, o Natal – para os crentes, além da celebração do nascimento de Jesus Cristo, a data também é popular devido a um de seus símbolos: o Papai Noel.
A origem do “bom velhinho” remonta à figura de São Nicolau, um bispo bondoso, nascido na Turquia em 280 d.C., que presenteava as crianças no dia de seu aniversário, 6 de dezembro – com o tempo e as variações da lenda, o evento passou a ser celebrado no dia 25 de dezembro.
Alguns países europeus e os Estados Unidos têm a tradição de celebrar, de igual modo, a figura mitológica que aterroriza as crianças que não se comportaram bem ao longo do ano: Krampus. Segundo lendas de várias regiões do mundo, o monstro acompanhava São Nicolau na época natalina: enquanto o bom bispo trazia presentes para crianças comportadas, Krampus punia aquelas que tiveram atitudes ruins. Antigamente, o terror era uma das estratégias educacionais mais comuns para forçar bom comportamento infantil, haja vista que as crianças, assustadas sob a perspectiva de serem punidas por uma entidade diabólica ao se comportarem mal, tornavam-se mais dóceis aos desejos dos adultos.
Hoje, o medo ainda é, infelizmente, um elemento muito forte na educação infantil, o que pode, contudo, prejudicar o processo de ensino-aprendizagem da criança, cabendo à família oferecer um ambiente seguro e livre de abusos tanto físicos quanto psicológicos, uma vez que o medo pela punição como único motivador não educa. Nesta toada, espera-se que se implante cada vez mais a educação por meio da ética e do diálogo honesto.
BÔNUS: A MAGIA INVISÍVEL DO NATAL
Conquanto a origem do mito do Papai Noel seja um tanto quanto sombria, é inegável o seu legado mágico perpetuado ao longo das gerações, refletido, principalmente, em produções cinematográficas – no mês de dezembro, por exemplo, os estúdios apostam em produções de temática natalina, geralmente acompanhadas de alguma mensagem sobre amor e esperança.

Dentre elas, é relevante apontar o filme “O Expresso Polar”, do diretor Robert Zemeckis, que narra a jornada de um garoto que não acredita mais na existência do “bom velhinho”, embarcando em uma aventura com outras crianças, também incrédulas, rumo ao Polo Norte, de modo a resgatarem o espírito natalino que está dentro de cada uma – as crianças descobrem que, para que ele se faça presente, basta acreditar na magia do Natal. É uma história simples e emocionante sobre amizade e cultivo dos sonhos, e que, transcendendo o propósito comercial da data, traz, sobretudo, conexões genuínas entre os personagens, as quais reforçam a magia invisível que se estabelece apenas nesta data.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Fatos Curiosos da História | De onde surgiu Papai Noel?”. Publicado em Brasil de Fato, em 22 de dezembro de 2016.
“Conheça Krampus, a versão maligna do Papai Noel”. Publicado em BBC, em 23 de dezembro de 2017.
“Medo e capacidade de aprendizagem”. Publicado em Brasil Escola.
“A educação pelo medo”. Publicado em Psicologia Viva, em 4 de novembro de 2020.
“‘O Expresso Polar’ um filme sobre a magia invisível do natal”. Publicado em Blog Eoh.
Publicado por Fernanda Aparecida Lopes Balthazar
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