Por: Luana Monte
Interessante pensar sobre os processos de mudanças… é inevitável o incômodo no peito ao lembrar do que refletimos sobre quem somos e, principalmente, no que seremos. A verdade é que gastamos muito tempo buscando equilíbrio, mesmo estando cientes de que viver é um ato repleto de inconstância.
E que, simultaneamente, ao andar na corda bamba chamada vida tomamos a consciência de que a única perfeição reside no desequilíbrio das emoções indo de encontro à razão. Justificar, analisar, mitigar, modificar, correr e respirar. Partindo dessa premissa, da análise irremediável dos fatos que sondam a vida adulta, a crônica na qual escrevo é sobre crescer e se abster da figura de um herói.
Digo isso porque quando jovens diante da necessidade da construção de uma identidade, escolhemos nossos heróis, astros do rock, personagens e atores… e sonhamos com o dia em que seremos como eles. Posters colados na parede do quarto atuam como lembretes de onde queremos chegar. E na ânsia nos perguntamos: “quanto falta para a vida adulta?”.
Eis que ela chega de maneira implacável… é hora de tirar os fones de ouvido e encarar a vida real. Sendo grande o abalo de deparar-se com a nossa existência, especialmente acerca dos questionamentos, sobretudo o papel a desempenhar na vida em sociedade. E junto ao processo de mudança, percebemos que as músicas não são mais as mesmas, assim como o tempo disponível, o espírito – até então “rebelde” – se dissipa em prol da busca pelo pertencimento.
E se antes queríamos ser únicos e especiais, hoje, orgulhosamente, pertencemos ao seleto grupo do “todo mundo”. Percebemos também que o trajeto até a concretização dos planos de felicidade – traçados no conforto da casa dos nossos pais – costuma ser árduo, volátil e, na grande maioria das vezes, doloroso.
Entendemos o valor da perda, do ganho, como também pagamos o preço alto pela liberdade. Desenvolvemos o superpoder da adaptabilidade e, mesmo com os recursos escassos, aprendemos a trabalhar com o que temos, criando cascas – além de inúmeras habilidades…
A boa notícia, caro leitor, é que superados os desafios, munidos de resiliência não precisamos mais de lembretes. Somos heróis de nós mesmos.
Publicado por: Naiara Oliveira
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